segunda-feira, 26 de abril de 2010

Existência

Olá,como primeiro post vai uma tentativa de criar uma cosmologia para qualquer cenário e sistema,ainda tá meio cru ,mas se vocês postarem suas críticas tende a melhorar.
Eu gostaria que você também tentasse localizar erros de lógica(além de gramática)no texto,e por favor,suas sugestões.

Grato
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Despertara.
E sentira solidão.

Aparentemente, sentiu vontade de ter um igual ao seu lado, porém não havia ainda o conceito de existência,nem mesmo para si.

Tinha vontade, mas não tinha existência.

Nem pensava.

Percebeu muitas outras coisas, como não haver nada além de si, mesmo que não existisse de fato.

Só havia vontade.

E, mesmo não-existindo, teve vontade de existir e não havendo nada contrário á sua vontade, já que não nada havia além da vontade.

Fez-se em existência.

Tomou consciência de si e percebeu a existência da mente e da vontade.

Percebera também que não tinha substancia, mas que isso não era importante, pois nada existia alem de si.
E sentiu solidão novamente.

Teve vontade de não mais sentir solidão porem sua vontade não foi satisfeita dessa vez.

Então vontade se voltou para a mente e disso apareceu o intelecto que nada mais é que a mente a serviço da vontade.

Quis existir novamente para se fazer companhia, mas intelecto percebeu que isso não fazia sentido.

Percebera por fim, que não poderia se gerar novamente, uma vez que já existia e então a mente percebeu que vontade deveria querer criar algo. O intelecto por sua vez percebeu que não se poderia criar coisas repetidas a partir de algo que já existia, e então intelecto e mente disseram à vontade que não poderiam criar nada. Só que agora não existiam somente vontade e mente havia também consciência, que nada mais é que o que se tem ao se aliar a vontade e a mente.

E consciência disse ao intelecto que deveria criar algo novo, mas intelecto não poderia criar nada exterior á mente, mas que poderia se exteriorizar se a vontade fosse flexionada e agisse supra mentalmente.

Para isso deveria agir além da consciência.
Contudo nada havia além da consciência.
Deveria ser criado algo novo, exterior a consciência, e como não havia nada alem de pura consciência a vontade quis que existisse algo além da consciência.

Criou-se a realidade que é sobre o que a consciência aliada ao intelecto age.
Agora que existia a realidade, consciência percebera que não poderia interagir com ela já que não tinha existência além da mente e a vontade decidiu que deveria se estender fora da mente e agir no mundo manifesto da realidade. Porém para agir além da consciência e da mente, vontade teve que se externar e o fez através do verbo que nada mais é que colocar o que se passa na consciência para o mundo real, exterior a ela.

Adquiriu com isso substância e passou a existir e percebeu que não havia mais nada além de sua manifestação na realidade recém-criada.

E que como já descobrira anteriormente, não poderia criar consciências além da sua e com isso, intelecto deduziu que nada poderia ser feito contra a solidão.

Essa conclusão trouxe grande tristeza e foi tomada uma decisão:
Já que não era possível que se criassem novas consciências, consciência se partiria em duas partes para que assim uma fizesse companhia à outra sem, contudo, deixar de ser a mente e vontade que culminaram na criação da existência.

Então existiram pela primeira vez seres e não somente conceitos, as novas consciências, nada mais que secções da consciência primordial, estariam na realidade manifesta pela vontade primordial, porém o intelecto primordial que não se havia dividido sendo que seria gerado por cada consciência um intelecto pertinente a essa, sentiu a necessidade de reunir as consciências se fosse necessário.

Criou-se então o Abismo, lugar onde tudo seria desfeito pela vontade implacável do intelecto primordial que mesmo que a vontade primordial não estivesse mais inteira tendo se dissolvido junto com a mente primordial em várias consciências menores, ainda era o responsável por imprimir lógica e sentido no trabalho da mente e vontade primordiais.

E se fosse necessário, intelecto colocaria tudo no lugar novamente.

E aqui nasce o tempo e o espaço.Pois se um dia, o intelecto primordial perceber que não fora uma boa idéia seccionar a consciências primordial em varias menores,intelecto primordial iria reuni-las.E não haveria nada mais forte que o intelecto primordial.E então sua vontade seria satisfeita.

Surge assim o conceito de minha vontade.

Surge o primeiro Eu.

Mas agora a realidade estava habitada por dois seres, por duas consciências diferentes entre si e elas descobriram que se atraiam mutuamente e que tinham uma vontade irresistível de ficarem juntas.

Como se fossem partes uma das outras.
Isso gerou um problema para o intelecto primordial que tem a função de fazer se tornar possível o que a vontade primordial concebia, pois as consciências com suas próprias vontades quiseram se reunir novamente, e uma vez que a vontade primordial estava com elas isso iria se tornar realidade.
Iria, se não fosse à intervenção do intelecto primordial que impediu que isso acontecesse.
Pela primeira vez algo se pôs contra uma vontade, e às consciências percebendo que algo estava errado tiveram necessidade de um intelecto para si a fim de defenderem sua vontade.
Os intelectos de cada vontade perceberam que não poderiam dialogar com algo como o intelecto primordial, pois guardavam em si a lembrança de quando suas respectivas mente se serviam dele e de suas capacidades e então decidiram que deveriam criar algo além do conjunto inicial,algo com que intelecto não poderia lidar.

Criou-se assim um conceito de algo alienígena ao intelecto, algo que não pudesse ser abarcado por ele.

Criou-se a personalidade.

E para que pudessem permanecer existindo, com isso cumprindo a vontade do intelecto primordial de realizar a vontade primordial de não mais sentir solidão, se tornaram completamente diferentes em suas personalidades. Diferentes ao ponto de não mais se identificarem entre si.

Tornaram-se simplesmente diferentes.
E mesmo que o intelecto primordial não conseguisse lidar com coisas como diferenças, personalidades própria, coisas além de seu próprio Eu, mesmo que sem personalidade afinal não tinha vontade nem consciência próprias, ele ainda era mais complexo e não havia nada além de sua lógica.

As personalidades, agora que haviam resolvido o problema de serem dissolvidas no Abismo, ainda estavam restritas a existirem próximas a ele, próximas demais dele. Mas não havia outro lugar alem do abismo, pois a realidade além da consciência primordial estava estagnada depois da vontade primordial ter sido atendida em parar de se sentir sozinha.
Elas decidiram então realizar suas próprias vontades e sendo cada uma portadora de uma vontade equivalente a outra não haveria nada além do intelecto primordial que simplesmente estava estagnado e começara a observar a lógica das ações das personalidades afim de não tentarem se reunir novamente a lhes impedir.
E sendo completamente diferentes elas criaram coisas completamente diferentes entre si, mas que como elas mesmas não funcionavam se não fosse à dicotomia reinante entre elas.
Uma personalidade criou a Luz e por conseqüência a outra criou as Trevas.
Uma criou o céu e a outra a terra.
Uma criou a carne e a outra o espírito.
E assim foi para muita coisa na realidade.
Até que elas começaram a se perder entre as diferenças e intelecto percebeu que apesar de tudo na existência ter seu par e assim a solidão não poder se fazer sentir as diferenças entre as personalidades estavam se perdendo, pois uma estava complementando a outra.
Novamente o intelecto primordial as ameaçou com o Abismo e a dissolução, porém, sendo a própria lógica viu que não poderia mais fazer isso, pois as consciências estavam mais complexas do que ele conseguia lidar.
Sendo, contudo, mais poderoso que elas, ele separou destas suas personalidades sem, contudo deixar de resguardar suas diferenças, e através de sua própria personalidade fez com que surgisse algo que antes não existia: algo neutro, algo além das personalidades, foi assim que se criou o conceito de Natureza, uma força inexorável e que toda a criação das personalidades estaria sujeita já que isso não era fruto das vontades e sim da lógica do intelecto primordial.

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Minha mente ,e meu tempo, só conseguiram me levar até aqui e eu pretendo chegar mais ou menos até onde sejam criados seres além dos primordias e da consciencia seccinonada.